Um conjunto de moradores, interessado em preservar a história do Bairro da Malagueira e assegurar o futuro da mesma, promoveu, em 2019, num certame regional, e no âmbito de uma atividade desenvolvida pela Associação para o Desenvolvimento Cultural e Desportivo da Malagueira, uma exposição sobre o bairro.
O acolhimento desta atividade pela comunidade e instituições locais foi determinante para que os envolvidos se confrontassem com a necessidade de responder a desafios além das áreas da cultura e do desporto, ponderando não só criar um Centro Interpretativo do Bairro da Malagueira como, e principalmente, alargar o grupo aos demais interessados pelo bairro, que não apenas os seus moradores. Assim nascia, a 21 de janeiro de 2020, a Associação de Moradores e Cidadãos Malagueira Viva e Vivida.
Atualmente envolve cerca de 340 pessoas ligadas, como se pode ler no documento oficial, não só pelo “interesse ou afinidade pessoal ou profissional” pelo Bairro da Malagueira e pela sua comunidade, como também pelo reconhecimento para com a “arquitetura e urbanidade” que definem e distinguem o projeto.
O seu objetivo inicial prende-se com a criação do Centro Interpretativo do Bairro da Malagueira que se prevê “capaz de albergar toda a informação relevante sobre o mesmo, com base no trabalho e obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira”.
No entanto, no decorrer da atividade, a Associação de Moradores e Cidadãos Malagueira Viva e Vivida alargou os seus eixos de ação que pretendem também, por exemplo, “promover ou apoiar toda a atividade, iniciativa ou procedimento potenciador da construção de equipamentos já projetados para o bairro, privilegiando aqueles com maior significado no projeto e na obra do arquiteto”, referindo-se, por exemplo, à semicúpula, à casa de chá e à clínica.
Trata-se, portanto, de um grupo de pessoas que pretende, não só “manter e conservar as características originais” do bairro, como também promover a sua conclusão, a partir da “finalização de edifícios, equipamentos e espaços verdes”.